ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO TRATAMENTO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES
Abstract
De acordo com a World Health Organization (WHO), é alarmante o crescimento de casos de transtornos alimentares (TA) em jovens, o que leva a relacionar ao ideal de beleza e consumo veiculado pela mídia, estabelecendo um padrão, muitas vezes inatingível e que vem causando grande impacto na sociedade. Este artigo tem por objetivo retratar a prática da Atenção Farmacêutica no tratamento de Transtornos Alimentares. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica baseada em literatura especializada através da consulta de artigos científicos e livros, realizados no período de agosto a dezembro de 2016. As bases de dados utilizadas foram o Scielo, Lilacs, dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde e Diretrizes oficiais. O profissional farmacêutico tem contato direto com o paciente durante a dispensação de medicamentos, sendo importante neste processo, pois muitas vezes, é possível identificar prováveis casos de transtornos alimentares podendo, então, orientá-los e até mesmo encaminhá-los ao médico e acompanhar o paciente para obter o melhor resultado terapêutico. Vale ressaltar que, além da orientação na farmacoterapia, o farmacêutico também trabalha com as medidas não farmacológicas, para que o paciente melhore seu condicionamento e, consequentemente, consiga um prognóstico favorável a sua saúde.References
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução Nº 338, DE 06 DE MAIO DE 2004. Dispõe sobre a Política Nacional de Assistência Farmacêutica [Internet]. Brasília, DF; 2004. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/sngpc/legis.htm. Acesso em: 19 dez.2013.
Cordás TA. Transtornos alimentares: classificação e diagnóstico. Rev. Psiq. Clín. 31(4): 154-157, 2004.
Cordás TA& Claudino AM. Transtornos alimentares: fundamentos históricos. Rev. Bras. Psiq. 24(Supl III): 3-6, 2005.
Costa MB& Melnik T. Effectiveness of psychosocial interventions in eating disorders: an overview of Cochrane systematic reviews. Einstein.14(2): 235-277, 2016.
Dalgalarrondo P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2.ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2008. 440 p.
Dias OS& Casarin RG. Psicologia Clínica e a Ressignificação do prazer alimentar no tratamento de pacientes anoréxicos. Rev. Cient. Fac. Educ. Meio Amb. 7(1):103-119, 2016.
Domínguez SM& Rodríguez SV. Características clínicas e tratamento dos transtornos do comportamento alimentar. In: Caballo VE &Simón MA. Manual da psicologia clínica infantil e do adolescente: transtornos gerais. São Paulo: Editora Santos, 2005. cap. 9, p. 261-264.
Feitosa FPJ. O Papel do Farmacêutico no Controle do Uso Racional de Antibióticos.2006. Crato. 45 p. Monografia (Especialização em Assistência Farmacêutica), Escola de Saúde Pública do Ceará. Ceará.
Gonçalves MPV. Atenção Farmacêutica a usuária portadora de transtorno psicossocial. 2011. Teresina. 89 p. Monografia (Graduação em Farmácia). Universidade Federal do Piauí. Piauí.
Herpertez S, Hagenah U, Vocks S, Wietersheim JV, Cuntz U &Zeeck A. The diagnosis and treatment of eating disorders. Deutsches Ãrzteblatt International. Otsch Arztebi Int. 108(40): 678-685, 2011.
Ivama, AM et al.Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. Organização Pan-Americana da Saúde, DF, 2002. 23 p.
Longo DL, Kasper DL, Jameson JL, Fauci AS, Hauser SL & Loscalzo J. Medicina Interna de Harrison. 18 ed. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 2013.
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-V. 5. ed. Porto Alegre: ABP; Artes Médicas, 2014. 948 p.
Morgan CM &Azevedo AMC. Aspectos sócio-culturais dos transtornos alimentares.J.Psych. [online]11(2), 2006.
Morgan CM, Vecchiatti IR & Negrão AB. Etiologia dos transtornos alimentares: aspectos biológicos, psicológicos e sócio-culturais. Rev. Bras. Psiq.24(Supl III): 18-23, 2002.
Oliva CAG & Fagundes U. Aspectos clínicos e nutricionais dos transtornos alimentares. Psiquiatria na Prática Médica. 34(2): 47-53,2001.
Pereira LRL& Freitas O. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil. Bras. J. Pharm. Sci. 44(4): 601-612, 2008.
Russo R. Imagem corporal: construção através da cultura do belo. Mov. Percep.5(6): 80-89, 2005.
Salzano FT& Cordás TA. Tratamento farmacológico de transtornos alimentares. Rev. Psiq. Clín.31(4): 188-194, 2004.
Silva KP, Bezerra LMB, Borges LM, Bitencourt NKS, Honorato F, Amaral VCS. Transtornos alimentares: considerações clínicas e desafios do tratamento. Infarma.18(11/12): 10-13, 2006.
Silva FM. Modelos de seguimento farmacoterapêutico: uma abordagem descritiva. 2014. Campina Grande. 30 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia). Universidade Estadual da Paraíba. Campina Grande.
Silva JR, Oliveira ENF, Ferreira AG. Avaliação do consumo de anorexígenos derivados de anfetaminas em cidades de Goiás. Ens. Ci.16(3): 9-19, 2012.
Silva MC& Mella EAC. Avaliação do uso de medicamentos para perda de peso por acadêmicas de uma instituição de ensino superior em Maringá, PR. Arq. Ci. Saúde. 12(1): 43-50, 2008.
Smink FRE& Hocken D. Epidemiology of eating disorders: incidence, prevalence and mortality rates. Curr Psychiatry Rep.14(4): 406-414, 2012.
Souza AL & Pessa RP. Tratamento dos transtornos alimentares: fatores associados ao abandono. J. Bras. Psiq.65(1): 60-67, 2016.
Vieira FS. Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Ci. Saúde Col.12(1): 213-220. 2007.
Vilela JEM, Lamounier JA, Dellaretti Filho MA, Barros Neto JR & Horta GM. Transtornos alimentares